terça-feira, 8 de outubro de 2013

JÁ QUE VOCÊ DECIDIU IR, PARE COM C* DOCE....

No auge dos meus 42 anos, eu – um dentre tantos rapazes que adora sexo – nunca, jamais passei por nenhuma das situações absolutamente hipotéticas a seguir. Mas suponho, posso imaginar, que sejam bons exemplos de razões para justificar algumas das recorrentes queixas femininas. Como, por exemplo: “Nossa, ele só quis transar comigo uma vez, nunca mais ligou!” – ou aquele “Ai, todos os homens só me querem por uma noite e depois me esquecem. Sou tão bonita, não entendo. Por que não posso ser feliz?!”. Casos que podem até mesmo servir para entender os motivos que fizeram o cara broxar.

Visualize a cena:

 

 
Você está naquela paquera que já passa de semanas. Cutuca no Facebook, dá RT e favorita no Twitter, passa horas do seu dia conversando no Whatsapp um repertório bem safado. Até que chega o grande o sábado. Empolgado, demora-se no banho, passa shampoo no pau para deixar cheiroso, veste a melhor cueca. E sai pensando: “Hoje tem!!!”

Quando a vê, ela está usando aquela saia bem curta que já te deixa louco. Vocês vão a um barzinho, tomam todas. E logo que entram no carro, você vai dar o primeiro beijo… Então ela começa: “Ai, não. Está rápido demais”.

Na hora você já pensa no dinheiro que gastou no bar e bate uma tristeza. Você dá uma forçada e consegue um beijo mais demorado. Ela começa a se soltar, até porque está semi bêbada – não que você tenha lhe oferecido tequila com más intenções. A pegada vai ficando boa. Quando você mete uma mão boba entre as pernas da menina, ela já levanta a voz: “VOCÊ TÁ ACHANDO QUE EU SOU SUAS NEGA?! AQUI NÃO, MEU FILHO!”.

Nesse momento, dá até vontade de chorar. Involuntariamente, você pensa: “Podia ter gastado esse dinheiro com uma puta”. Sem saída, você fica só nos beijinhos de primário.
Em um golpe de destreza, você consegue dar um amasso nas coxas dela. Como ninguém é de ferro, a garota te deixa um pouco mais livre. Aí você usa um pouco da malandragem e propõe: “Vamos a um lugar mais seguro? Semana passada soube de um sequestro relâmpago por aqui”. Ela se assusta e na hora topa um local reservado.

Mas você ainda mora com os pais e não tem para onde levá-la. Resolve dirigir para o motel. Chegando lá, ela volta a falar alto: “QUE LUGAR É ESSE?” Então você consegue contornar a situação: “Relaxa. Aqui é mais seguro. Não vou fazer nada que você não queira. Não vou forçar nada. É só para a gente ficar mais confortável”.

Já no quarto, a menina pede um chocolate. Você sabe que cada chocolate custa uns R$7,00, mas lembra: “Esse investimento vai valer a pena”. A fim de saber a reação dela, liga no canal pornô. Assim que ela olha para televisão, solta um: “Ai, credo. Muda! Acho que você está me confundindo, não sou puta”.

Está na cara que essa noite vai ser difícil, mas você não quer ficar na mão, muito menos no prejuízo. Então voltamos aos beijos. Os beijos começam a ficar mais quentes. Os lábios percorrem o seu pescoço – não há gata que resista. Aquela mão safada nos peitos… “Ai para! Estou ficando sem graça”.

Pacientemente, você explica: “Relaxa, isso só vai ficar entre nós. Não sou mais criança, não vou falar para ninguém, não. NINGUÉM VAI SABER”. A mina fica mais relaxada e vocês continuam a esquentar as coisas. Seu pau já está estourando na calça jeans, aí você resolve tirar: “Gata, vou tirar minha calça aqui porque não pode amarrotar. Amanhã vou trampar com ela”.

Ela, já bem nervosa: “TÁ BOM! MAS NÃO VOU TIRAR MEU VESTIDO!!! E APAGA ESSA LUZ VERMELHA, POR FAVOR”. Beleza. Você vai levando na malandragem, vai beijando a gata e subindo o vestido dela. Quando ela menos esperar, já está sem o vestido.

Opa, ela ficou sem vestido! Você está ainda mais doido. Começa a urrar, em pensamento: “HOJE TEM, MOLEQUE!!!”. Você beija o corpo todo dela. Aos poucos, ela vai entrando no seu jogo. Quando enfim consegue tirar a calcinha, há pelos por todos os lados.

Como um bom guerreiro, você não vai se abater por isso. Afinal, o que são alguns pentelhos entre os dentes né? Você começa a chupar, de boa. Ela parece curtir. Até que você sente à vontade para receber um oral também. Até porque merece, né? Então manda o pedido de maneira bem santa: “Dá uma chupada aqui agora?” A resposta vem com voz de nojo: “AI CREDO, NÃO CHUPO PINTO, NÃO! É MUITO NOJENTO, CREDO. ISSO EU NÃO FAÇO”.

Lá vem a vontade de chorar de novo. O arrependimento de não ter ficado em casa jogando Wii, no Twitter, assistindo filme para no final bater punheta e dormir. Mas para valer a pena você continua com pensamento positivo: “Gostosa desse jeito deve fazer um sexo nota 10!”

No vai e vem, chega a grande hora. Camisinha pronta, vamos mandar ver. Hora de sentar bala, o momento esperado por todos, que separa os grandes dos pequenos… Aí ela pede baixinho: “Pode colocar o lençol em cima da gente? É que vou ficar mais confortável, tenho muita vergonha” (Não, pelo que consta, não é a primeira vez dela).

OK! Triste, você atende ao seu pedido e mete na posição papai-e-mamãe. Nada contra a posição, é que se o sexo fica apenas nisso é meio chato – meio não, completamente tedioso. Você faz todo o trabalho e a guria só dá uma gemida besta. Nada de palavrão, nada de tapa, nada de arranhar as costas…

O tédio daquele movimento repetitivo começa a te cercar. Para não broxar, você pede para mudar de posição. Porém ela se desespera: “AI, NÃO. TENHO VERGONHA!”

Você continua lá, metendo a lenha. Mas a cada segundo que passa, aquela vontade inicial se transforma em arrependimento. Você se lembra dos R$80,00 do motel e uma lágrima escorre no rosto desse homem trabalhador… Então você cansa daquilo e manda: “Você pode me masturbar para me ajudar a gozar?” Sua resposta: “AH, NÃO! JÁ DISSE QUE NÃO FAÇO ESSAS COISAS”.

Você olha para o relógio e fala: “É, está tarde. Amanhã eu trabalho. Melhor a gente ir para casa”. Ela não entende: “MAS JÁ? ESTÁ TÃO GOSTOSO! VAMOS FICAR MAIS UM POUCO…” Você arremeda: “Sabe, gata, tenho que ir. Amanhã acordo cedo, preciso jogar gamão com meus avós”. Ela, insatisfeita, veste o vestido e entra no carro. Você a deixa em casa e vai para casa terminar o trabalho sozinho. Afinal, antes uma mão boa do que uma parceira ‘morta’.

Alguns dias depois, você já começa ouvir os comentários dos colegas: “Ele é broxa!”; “Ele não aguentou ela!”; “Ele é gay!”; “Porra, mó gostosa e ele nem mandou ver!” Com a consciência limpa, você apenas ignora os boatos e risca o nome da menina da sua agenda.

Uma semana depois, ela te liga e pergunta se você só queria uma noite com ela. Você responde: “QUERIA SENTIR PRAZER COM VOCÊ UMA, DUAS OU VÁRIAS VEZES. Mas vi que isso é impossível. Passar bem”.
  

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